quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Eu fui! Londres, Inglaterra. Parte 2

Olá :)

Continuando a saga em Londres, vou falar do segundo e terceiro dias na Terra da Rainha :)

Circulando em Londres
Circular na capital inglesa pode ser uma tarefa árdua (e chata) se você não analisar rapidinho o mapa e o layout da cidade. Embora pareça, não é complicado ver aquele mapa com um monte de cores pra todo lado e a cidade não é tao grande quanto parece! As principais atrações estão relativamente próximas e para quem gosta de caminhar MUITO (eu!!) dá para fazer boa parte a pé e admirar a arquitetura da cidade, as pessoas, a agitação. Mas isso tomará um bom tempo. Mesmo as atrações mais distantes, como Greenwich, não são distantes como aparentam. De qualquer maneira, eu recomendo utilizar um passe, pois circular nos ônibus ou metrô, lá chamado de 'tube' ou 'underground' pode ser bem caro, £2.20 e £4 por viagem respectivamente. Eu utilizei o London Underground Travecard, paguei £6.60 por dia com direito a andar ilimitadamente no metrô e ônibus dentro da área 1 e 2 de Londres, ou seja, no centro e arredores onde tudo acontece.

Trânsito
Se por um lado o metrô é rápido, eficiente e bastante lotado (e apertado pois os túneis são bem antigos), por outro os ônibus são bem confortáveis mas podem tomar um bom tempo parados no trânsito. No metrô não se vê nada (e nem ninguém pois quase não há contato visual) e no ônibus dá para ir na parte de cima e tirar várias fotos, o que pode ser vantagem na chuva. E ela vai estar lá! ^^
Eu andei muito de metrô, cansei muito também porque nem todas as estações possuem escadas rolantes e no último dia passei a madrugada inteira andando de ônibus a toa até dar a hora de ir pro aeroporto. Foi bem legal porque deu para ver a vida noturna, os bêbados indo para casa e até me perdi. Fui parar em Wimbledon, mas o motorista foi bem legal e me deixou em um subúrbio londrino bem bacana, Kingston Upon Thames. De lá voltei para Londres e fui para o aeroporto, e meu passe nem valia naquela região mas ele disse que tudo bem. Esses acontecimentos fazem a viagem no mínimo diferente e inesquecível :)

Vamos às nossas fotos ^^
Modelo do passe de metrô, ótima relação custo x benefício. source
Esse foi um dos pontos altos da viagem, a casa em que viveu George Orwell. Para quem não conhece ele é autor de grandes obras como "A Revolução dos Bichos" e "1984", escrito em 1948 e que serviu de inspiração para o Big Brother. Vale a pena ler ou assistir ao filme. A casa dele fica em Um Lugar Chamado Notting Hill :)
Portobello Road, imortalizada pelo filme, mas já famosa pelo seu mercado muito tempo antes.
Uma livraria famosa, mas que na verdade nao é a do filme.
Deixando Notting Hill para trás, segui para Greenwich com o mesmo passe de metrô, mas utilizei o DLR, outro sistema de trens londrinos. Vale bem a pena sentar lá na frente, não há maquinista e o trem faz um tour pelas Docklands, uma área nova onde estão situadas grandes corporações e a famosa arena do O2 fica pertinho também.
Greenwich, aquela mesma que a gente estudou na escola! \o/
O ponto alto de Greenwich é o Observatório Real, onde passa o meridiano. Para chegar lá basta seguir as plaquinhas desde a estação, não leva mais do que 10 minutos e no caminho há várias lojinhas e até um mercado de rua! Para chegar ao observatório basta entrar no jardim do Museu Marítimo (Grátis!) e ao lado ainda fica a Casa da Rainha (Queen's House), mas não é da Elisabeth (rs), leia mais sobre a casa aqui.
Ali ao lado fica esse singelo jardim em homenagem às vítimas do Titanic.
Para quem gosta de animais, perdo da "bela" ladeira para chegar ao observatório (sim, ele fica no alto), há vários esquilos bem legais que chegam perto de você, se tiver algo para oferecer, claro! rs
Por fim, o Observatório Real e o Meridiano de Greenwich. Por convenção o meridiano divide a Terra em leste e oeste, enquanto o Equador divide em norte e sul. Ainda serve para medir as distâncias em longitude e a partir dele obtemos os fusos horários.
Não podia faltar, um pé no lado leste e outro no lado oeste da Terra! ^^
Vista do alto do Observatório Real, lá embaixo fica a Casa da Rainha, aofundo as Docklands e o Tâmisa.
Pessoas esperando a estação abrir novamente pois já está bastante lotada. Quando isso ocorre eles fecham e temos que aguardar. Ao contrário do Brasil, ninguém se empurra e esperam calmamente conversando ou em silêncio lendo ou ouvindo música, audio-book, etc.

Agora sim a casa da Rainha Elisabeth, o Palácio de Buckingham. Bati palmas mas ninguém atendeu, acho que não estavam em casa.
Bela London Eye a noite. Pelo menos tinha parado de chover.
Para finalizar, no último dia, dia do meu aniversário por sinal, fui ao British Museum. Fica perto da Oxford Street e é grátis. Como estava de mala paguei uma taxa de £1.50 para guardar e o funcionário perguntou logo para que time torcia e bateu o maior papo na fila! ahaha
Essa peça do museu é orgulho para mim que sou tradutor, a Pedra de Rosetta, objeto mais visitado no museu.  Essa pedra contém um decreto de 196 a.C promulgado em Mênfis em nome do rei Ptolomeu V. Há duas traduções e foi crucial para decifrar os hieróglifos egípcios e quem conseguiu foi o francês Champollion. Esperto ele :)
Fim de tarde e o sol apareceu em Londres. Parada para uma bela foto e para ver o pôr do sol no Tâmisa.
Finalizando, algo irônico mas que gostei, esse sapato usado por um cidadão no metrô. Gostei bastante, se alguém souber onde vendo eu quero. Pode não ser bonito, mas é bem original.
Bom, Londres é cidade para uma vida inteira. Se tiver oportunidade vá, volte e volte sempre. Haverá sempre algo novo a ser descoberto, afinal são muitos reinados, guerras, conquistas, derrotas e o Reino Unido se mantém firme e forte.

Até a próxima parada!

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Quando a gente chora...

Hoje falarei sobre as mudanças que ocorreram durante o tempo que estou aqui em Dublin, mas não como o post sobre 3 meses na Irlanda. Mais do que isso, falarei das mudanças que ocorrem externa e internamente, das pessoas que chegam, das que se vão, das que mudam para sempre e de nós mesmos que mudamos para sempre também.

Uma das minhas flatmates foi embora por motivos que nao vem ao caso mas que geraram atritos, coisa da  convivência com outras pessoas. Eis que tudo muda, as pessoas mudam, tudo muda.
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E depois de quase quatro meses caiu a minha ficha, sim... demorou todo esse tempo porque eu vivia uma ilusão de fazer parte de uma nova família, feita de amigos, mas é isso mesmo? Infelizmente não e não foi só comigo, mesmo as melhores amizades se desgastam, quem dirá com quem a gente conhece há poucos meses... Foi assim que percebi o intercâmbio, que estou sozinho fazendo o que tão longe? É agora que deve-se analisar todos os objetivos, para que eu vim, o que vou fazer. E a saudade? Enfim, o dia chegou e a "perda" de flatmates que eram amigos pode ser reflexo da falta da família e amigos no Brasil. Isso aconteceu, esse dia chegou tardiamente, mas chegou, e eu chorei...

Mas ainda tenho pessoas que estarão sempre comigo e que agradeço muito para chorar e ouvir o que elas tinham a dizer, para confortar e eu agradeço novamente aqui! (Eu sei que você está lendo isso...) E é isso que  quem sai de casa, da sua cidade, do seu país não pode perder, os melhores amigos. Intercâmbio é pior para quem fica, mas são eles que nos salvam :)

"Time flies. Time waits fo no man. Time heals allwounds. All any of us wants i more time. Time to stand up. Time to grow up. Time to let go. Time."

Pois é, tudo passa... tudo! O tempo muda tudo, leva tudo com ele, lapida nossas vidas e nem percebemos e quando nos damos conta, é tarde demais.

Até a próxima!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Eu fui! Londres, Inglaterra. Parte 1

Olá mais uma vez!!!

Desculpem a demora para postar, mas estou cheio de novidades! Embora ainda não esteja trabalhando, começarei a fazer trabalho voluntário, estou ocupando meu tempo aqui na Ilha da Esmeralda e esses últimos dias estive na Terra da Rainha :)

Londres
Multicultural, imensa, cultural, artística, estressante, gentil... todos esses e milhares de outros adjetivos cabem em Londres. Eu me senti em casa e para quem mora em São Paulo sabe como é cidade grande e a única coisa que pude pensar é: as duas cidades são idênticas. Claro que são bem distintas em suas identidades e aspectos culturais, mas o estilo de vida é o mesmo, então se estiver pensando em ir, prepare-se para trânsito, metrô lotado, correria mas tamém para gente bonita, educada e gentil. Sim, os britânicos não são frios como falam. De jeto nenhum! Muito pelo contrário, todos com quem tive a oportunidade de falar foram extremamente educados e ajudaram muito a dar informações e até acompanhar na rua. Até a polícia entra no meio e tira foto com os turistas :)

Como chegar
Para quem está em Dublin a melhor opção (quero dizer a mais economica) é a Ryanair, mas como nem tudo é perfeito ela deixará em aeroportos "próximos" de Londres. Eles são Luton, Stansted e Gatwick. Eu voei para este último por €18 ida e volta e as opções de de horários de ônibus para Londres são inúmeras, eu optei e reservei antes pela interet o Easybus (aprox. £9 ida e volta). Basta escolher seu horário (dica: pelo menos uma hora depois da chegada do avião), fazer um cadastro rápido e pagar, depois é só imprimir. Os preços também são razoáveis. A Ryanair deixará você no terminal sul de Gatwick e o ônibus sai da plataforma 19, é um laranjão, fácil de ver. Uma hora de viagem depois: Londres, estação Earls Court, aí é só pegar o metrô na outra estação ali pertinho, West Brompton, para o seu destino :)

Imigração
No desembarque fique na fila para voos provenientes da República da Irlanda, pois não é necessário passar pela imigração. Basta mostrar sua passagem, nem passaporte olharam. Me senti importante passando direto enquanto os demais passavam na imigração ^^
Além disso é vantagem para nós que temos portas abertas e não precisamos passar pela imigração do Reino Unido, que é bem chatinha por sinal.

Bom, chega de papo e vamos às fotos.

Logo na chegada a pedida é ir para o Houses of Parliament e ver o Big Ben e do outro lado do Tâmisa a London Eye. Aproveite para acertar o relógio :)
Famoso ônibus vermelho, iguais aos de Dublin. Só a cor é diferente :)
Depois de ver a London eu recomendo que, aos que realmente gostam de conhecer a cidade, caminhem ao longo do rio. Eu fui andando até a ponte do Milênio (foto). Para quem não lembra, ela aparece sendo destruída em um dos filmes do Harry Potter, mas ela estava inteira. Eu atravessei e cheguei na Catedral de São Paulo. source
A St. Paul's Cathedral é dedicada ao apóstolo Paulo. Está localizada no ponto mais alto e é onde fica o Bispo de Londres, importante né? Ainda é possível subir seus 259 degraus até a Whispering Gallery, a acústica do local permite que até sussurros sejam ouvidos, por isso seu nome. O mesmo ocorre na Catedral de Brasília :)
Ainda vale lembrar que esta catedral data do século XVII pois a anterior foi completamente destruída pelo Grande Incêndio de 1666.
Um dos clássicos ônibus londrinos.
Guarda londrino. Bastante simpático deixou eu tirar uma foto com ele. Quem bateu a foto? O outro guarda ahaha
Essa foto foi tirada na City, a região mais antiga de Londres, fica ao leste da St. Paul's Cathedral. Cheia de ruelas medievais essa é a parte da cidade fundada pelos romanos e que foi destruída no incêndio de 1666, depois foi reconstruída pelo Rei Charles II nos mesmos moldes medievais (falei das ruelas) e hoje a City é um centro financeiro. 
Depois da City vem a Torre de Londres e o tempo Londrino. Desde a hora que cheguei a chuva não deu trégua, mas é Londres né? Infelizmente a torre estava fechada, mas isso é só um motivo para eu voltar na Terra da Rainha :)
De qualquer forma, a torre é pura história! Foi fundada em 1078 por Guilherme O Conquistador para proteger a cidade. De lá para cá sua função mudou sendo desde cadeia e local de tortura até o local onde as jóias da coroa são guardadas. Reza a lenda também que se os corvos que habitam a torre (e são protegidos por decreto Real) deixarem-na, o Reino da Inglaterra cairá!
Ali ao lado está a Tower Bridge, teve sua construção iniciada em 1886, ela é basculante permitindo que os navios transitem no Tâmisa e foi inaugurada em 1894 pelo Rei Eduardo VII. 
Bem ao lado da Tower Bridge está a Prefeitura de Londres. Fantástico ver duas contruções tão distintas, de épocas tão diferentes lado a lado. Por isso que eu adoro a Europa, tem espaço para tudo aqui.
Depois do City Hall eu resolvi voltar até a London Eye (eu disse que adoro caminhar para conhecer a cidade) já que tinha arado (ENFIM!!!) de chover. No caminho eu passei na frente do The Globe, uma réplica do que foi o teatro do Shakespeare. Foi daqui que sairam as grandes obras que todo mundo viu na escola, filmes, desenhos, em todo lugar. Que orgulho para os londrinos (e pra mim ^^)
Um tempo depois estava eu no Big Ben novamente. Dali fui para o hostel na região do Pimlico, bem próximo do centro.
Londres é assim, dinâmica! Ainda tem muita coisa pra contar, mas isso para um outro post. Não percam Notting Hill, Greenwich e o British Museum.

Até mais!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Vida corrida

Olá a todos!

O tempo está voando, enquanto não encontro trabalho tenho saído bastante para fazer contato com as pessoas daqui e de outros países. Está sendo maravilhoso! Só falta mesmo um trabalho. Se alguém souber de algo, limpo até o chão com a língua (risos!)

Estou embarcando amanhã para Londres para participar de um evento na minha área (quem lembra? Tradutor e Intérprete!) na Universidade de Westminster. Ótimo para fazer contatos!

Vejo vocês em breve com novo post sobre a Terra da Rainha! :) 

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Convivência com outras pessoas

Olá a todos!

Esse é um tópico de desabafo e lição de vida. Quando a gente sai de casa, ainda mais para fazer um intercâmbio, já imagina (ou deveria) o desafio que vem pela frente. Analise se você mora com os pais, sozinho, é casado, solteiro, divorciado?

Eu morava com meus pais, basicamente tinha tudo e não precisava fazer nada em casa, mas fazia. Chegando na Irlanda, tudo foi novidade, todos são amigos, tudo é maravilhoso. Depois de alugar uma casa em Dublin, fui dividir e no começo as regras funcionaram, tudo beleza. Com o tempo, mais de três meses, a relação desgasta, as regras começam a cair e temos que conversar.

A convivência passa a ser um desafio, pois ter amigos é bem diferente de conviver com pessoas que nunca fizeram parte da sua vida, que são apenas conhecidos do quarto ao lado com quem a relação de amizade pode se desgastar bem rápido e acabar mesmo como colegas que dividem a casa ou podem ser amigos para sempre. Tudo depende.

Flatmates, dividem  casa para baixar custos e abrem mão de muita coisa. Uma boa relação custo x benefício? source

Infelizmente, por um motivo fútil, que não vem ao caso, uma das flatmates ficou uma semana sem falar comigo. Uma pena e uma situação chata, seria mais sensato falar o que aconteceu, conversar e resolver a situação. No caso das regras, é claro que coisas bobas que você não fazia em casa, viram um grande problema. Afinal, aquele prato do jantar que você deixava para o dia seguinte não pode mais, é tudo na hora em respeito aos seus colegas, mas nem todos respeitam. E a ida ao supermercado, quando é dividido? Colocar o lixo na rua de madrugada, limpar a casa, não fazer barulho, limpar o quintal, etc e também o fato de não respeitar o espaço do outro, embora eu não tenha tido problemas com isso tenho amigos que tiveram.

Tudo isso são pequenos detalhes que fazem uma diferença enorme. A relação já foi discutida, puxões de orelha foram dados e tomados. Mas isso faz parte da Irish Experience, a gente cresce e aprende com o mundo e acima de tudo, dá muito valor a tudo que tivemos em casa. Tenho que agradecer aos meus pais por tudo que me deram e ofereceram por vinte e cinco anos :)

Até a próxima!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Dublin Book Festival

Olá novamente :)


Os dias estão ficando mais longos (veja mais sobre o tempo na Irlanda) e as pessoas começam a sair mais de casa. Resultado disso é a espera ansiosa pelo verão e os festivais já começam a rolar em Dublin. Semana passada tivemos o Temple Bar TradFest celebrando a cultura e música irlandesas e tem muito mais pela frente.
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Entre os dias 2 e 6 de março Dublin será palco do Dublin Book Festival celebrando a literatura na Ilha da Esmeralda. Todos têm um espaço no festival, desde os autores clássicos, os autores atuais com publicações e os que ainda serão autores. Em um futuro podem ser clássicos :)
Mais um motivo e tanto é comemorar a designinação dada pelo UNESCO para Dublin como Cidade da Literatura, não é o máximo?
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 Além disso ainda haverá uma competição entre os jovens entre 12 e 14 anos, eles deverão escrever uma história e os ganhadores participarão do workshop com o escritor irlandês Roddy Doyle. É um incentivo e tanto para as crianças!

Onde?
Os eventos ocorrem em diversos locais espalhados pela cidade como a National Library of Ireland, The Gutter Bookshop, The Project Arts Theatre, Bibliotecas de Dublin e na Prefeitura de Dublin. É uma oportunida de tanto para os amantes da literatura e para quem quer dar só uma olhada também.

Links

Espero que tenham gostado. Até a próxima!